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França atrai mais 14 países para reconhecer Estado palestino

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • 31 de jul.
  • 2 min de leitura

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O chanceler francês, Jean-Noël Barrot, disse, nesta quarta-feira (30), que 14 países ocidentais, incluindo Canadá e Austrália, decidiram se juntar ao presidente da França, Emmanuel Macron, e expressar o desejo de reconhecer um Estado palestino por meio de uma declaração conjunta.

– Convidamos aqueles que ainda não se manifestaram a se juntarem a nós – escreveu Barrot no X.

O apelo veio ao final de uma conferência que terminou na terça (29), em Nova Iorque, patrocinada por França e Arábia Saudita, que tentam manter viva a solução de dois Estados para resolver o conflito israelense-palestino, uma hipótese cada vez mais distante em razão da guerra em Gaza e da violência dos colonos judeus na Cisjordânia.

O movimento diplomático é diferente do realizado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que ameaçou embarcar na canoa francesa e reconhecer a Palestina em setembro, a menos que Israel adote diversas “medidas substanciais” em Gaza, incluindo um acordo de cessar-fogo.

Entre os 15 países signatários do documento desta quarta estão dez que ainda não reconheceram um Estado palestino: além da França, estão Austrália, Canadá, Andorra, Finlândia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Portugal e San Marino. Já Islândia, Irlanda, Malta, Eslovênia e Espanha, que também firmaram a declaração, haviam reconhecido a Palestina.


CARNEY

De todos os signatários, o Canadá foi quem assumiu uma posição mais firme. O premiê Mark Carney foi enfático ao declarar que seu governo reconhecerá a Palestina em setembro.

– A medida se baseia no compromisso da Autoridade Palestina com reformas, incluindo eleições, medidas anticorrupção e um Estado palestino desmilitarizado – disse Carney.

A fala do premiê aconteceu após uma conversa por telefone com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.


A chancelaria de Israel criticou a decisão do Canadá.

– A mudança na posição do governo canadense neste momento é uma recompensa para o Hamas e prejudica os esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e um acordo para a libertação dos reféns – diz a nota do Ministério das Relações Exteriores de Israel.


FATOR MACRON

A onda de apoio começou na semana passada, quando Macron anunciou que reconheceria um Estado palestino durante a abertura da Assembleia-Geral da ONU, em setembro, criando um efeito dominó. Dos 193 membros das Nações Unidas, 147 já reconheceram a Palestina, quase todos na América Latina, na África e na Ásia.

O movimento de Macron, no entanto, foi considerado determinante porque atraiu o apoio de países do G7, aliança de nações mais ricas do mundo. Se for levado adiante em setembro, a decisão da França pode provocar uma divisão dentro do grupo.

 
 
 

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