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Tagliaferro apresenta a senadores documentos com acusações contra Moraes

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • 4 de set.
  • 3 min de leitura

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Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, apresentou registros de supostas irregularidades cometidas no gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) em audiência no Senado.

Tagliaferro apresentou à Comissão de Segurança Pública na terça (2) registros relacionados ao caso dos empresários bolsonaristas que discutiram golpe de Estado em grupo no WhatsApp. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

A operação da PF (Polícia Federal) contra um grupo de empresários mirou nomes como o de Luciano Hang, da rede de lojas Havan; e Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu.

Apesar da operação ter ocorrido em 23 de agosto de 2022, os materiais técnicos que o embasaram teriam sido produzidos pelo então assessor entre 26 e 29 de agosto.

O ex-assessor afirma ter sido procurado por Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, para que fossem confeccionados documentos adulterados para justificar a operação contra os empresários.

Tagliaferro diz que criou mapas mentais e um relatório em momento posterior à ação da PF.

Os documentos foram remetidos ao colegiado, mas ainda não foram disponibilizados publicamente ou remetidos a autoridades.

“Não teve nenhuma investigação pública. Não se sabia se de fato esse grupo estava falando a coisas de atos antidemocráticos. Foi simplesmente pela matéria do Guilherme Amado [no Metrópoles], no qual o Alexandre de Moraes resolveu fazer uma busca de pensão e pagar para ver”, afirmou.

Em nota divulgada, o gabinete de Moraes rejeita as denúncias do ex-assessor

A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal recebeu Tagliaferro na terça-feira. A audiência na comissão presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ocorreu simultaneamente ao primeiro dia de julgamento do pai dele, Jair Bolsonaro, no STF.

Ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Tagliaferro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Ainda este mês, Moraes pediu extradição de ex-assessor acusado de vazar dados sigilosos. O Ministério da Justiça informou que enviou solicitação ao Itamaraty em 20 de agosto, para formalização junto ao governo da Itália, para onde Tagliaferro se mudou neste ano.

Residindo na Itália, Tagliaferro participou da audiência de forma remota.


Veja a íntegra da resposta do ministro:

O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações dos Inq 4781 (Fake News) e Inq 4878(milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições.

Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas as investigações de milícias digitais.

Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.

Na PET 10.543, o procedimento foi absolutamente idêntico. Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi solicitado relatório para o TSE, que foi juntado aos autos no dia 29 de agosto, tendo sido dada vista imediata às partes. O recurso da PGR não foi conhecido pelo STF, em 9 de setembro. Tudo regular e oficialmente nos autos.

 
 
 

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