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Presidente do BC vai escrever mais uma carta ao ministro da Fazenda sobre o descumprimento da meta de inflação

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • 8 de jul.
  • 2 min de leitura

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (8), que escreverá mais uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de descumprimento da meta de inflação.

"Vou assinar uma carta de descumprimento da meta no mês que vem", disse Galípolo a parlamentares durante almoço oferecido Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

Em janeiro, ele enviou uma carta à Haddad e creditou o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos.


Segunda vez

Com a nova carta, esta será a segunda vez que ele alertará sobre o descumprimento da meta. Fixada em 3º, ela possui uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual – ou seja, a meta será considerada cumprida se a inflação variar entre 1,5% e 4,5%.

Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente;

Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia;

Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026;

Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância;

Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.


Galípolo disse ainda que tem que "perseguir a meta sim".

"Quando digo isso, de maneira nenhuma, estou fazendo algum tipo de discussão para se rediscutir isso não, porque tem um custo altíssimo. Dizer que você persegue a banda superior da meta significa mais tolerância com inflação, mais tolerância com a inflação significa que você é um país que está confortável com a sua moeda, ano a ano, perder mais valor", explicou.

"Eu tenho plena consciência de que ao colocar a taxa de juros em 15% dificilmente eu e o meus colegas do Copom vamos ganhar o Miss Simpatia de 2025, mas eu durmo muito tranquilo do que eu estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta", acrescentou. "Esse é o papel do Banco Central", concluiu.

 
 
 

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