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Em Roma, Lula defende imposto global de 2% sobre super-ricos

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta segunda-feira (13), a adoção de um imposto global de 2% sobre ativos de super-ricos para arrecadar fundos para acabar com a fome no planeta. A declaração dele foi na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, na Itália.

Na ocasião, Lula disse que “673 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar”.

– Com base em dados do Programa Mundial de Alimentos, é possível estimar que garantir três refeições diárias a essas pessoas, custaria cerca de 315 bilhões de dólares. Isso representa 12% dos 2,7 trilhões de dólares consumidos anualmente com gastos em armas. Estabelecendo o imposto global de 2% sobre o ativos de super-ricos obteríamos esse montante – acrescentou.

Segundo o presidente, não é possível fazer uma dissociação entre a insegurança alimentar e a divisão entre ricos e pobres, homens e mulheres e países ricos e os em desenvolvimento. Lula também afirmou que poucas iniciativas contribuiriam tanto com o combate à fome do que uma “reforma da arquitetura financeira internacional”.

Na tribuna da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Lula defendeu mecanismos para auxiliar países que enfrentam a insegurança alimentar em larga escala como a redução de empréstimos, o aperfeiçoamento do sistema tributário e o alívio de dívidas de países pobres.

– É possível superar a fome por meio de ação governamental, mas governos só podem agir se dispuserem de meios. Ampliar o financiamento ao desenvolvimento, reduzir os custos de empréstimos, aperfeiçoar os sistemas tributários e aliviar a dívidas dos países mais pobres são medidas cruciais. Não basta produzir, é preciso distribuir – afirmou Lula.

Além disso, ele defendeu ser necessário que governos “coloquem o pobre no orçamento” e rebateu críticas que associam políticas públicas a práticas assistencialistas. O petista também fez coro ao multilateralismo e disse que a fome é irmã da guerra, inclusive a tributária. Ele, porém, não citou o tarifaço global imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Lula ainda elogiou a FAO e disse que a entidade das Nações Unidas será indispensável enquanto a fome for uma realidade nos países. Ele, porém, disse reconhecer tanto a capacidade de ação coletiva quanto o otimismo dos chefes de Estado estar “abalados”.


COP30

Ao falar sobre a COP30, que será realizada em Belém do Pará, em novembro, o petista defendeu que os países redobrem a cooperação para enfrentar os desafios climáticos e que isso deve caminhar ao lado do combate à fome e pobreza. Também sugeriu a adaptação dos sistemas alimentares para a nova realidade do clima, mas alertou que isso demandaria muitos recursos de países ricos.

 
 
 

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