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Deltan: “STF é poodle com ladrões, e pitbull com quem picha estátua”

  • Foto do escritor: Neriel Lopez
    Neriel Lopez
  • 9 de jul.
  • 2 min de leitura

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Em postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (9), o ex-procurador Deltan Dallagnol cobrou do Supremo Tribunal Federal (STF) punição para os envolvidos no esquema de propinas na liberação de emendas parlamentares no Ceará. Na publicação, o deputado cassado contrastou a postura “leniente” da Corte para com corruptos e a severidade demonstrada contra os manifestantes do 8 de janeiro de 2023.

– O STF é um poodle com os ladrões e um pitbull com quem picha uma estátua. Muitos deputados pedem “volta” de emendas, desviando milhões para o seu bolso dos mais de 30 milhões que gerenciam por ano. A reportagem cita um percentual entre 6 e 12%, mas fala-se de 20%. Para quem rouba, não tem prisão, não tem ação penal em tempo recorde, não tem pena de 14 ou 17 anos. Tem leniência, demora, acordo de não persecução e prescrição… tem impunidade – se queixou.

A fala é uma referência à cabeleireira Débora Rodrigues, que foi condenada a 14 anos de prisão após pichar a estátua da Justiça com a frase “Perdeu, Mané”, durante os atos do 8 de janeiro de 2023.


ENTENDA

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (8), uma operação que apura um esquema de fraudes e desvio de recursos públicos no estado do Ceará. Um dos alvos das diligências é o gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Além do gabinete do parlamentar, a PF cumpre ordens de busca e apreensão em Brasília e em cinco municípios cearenses: Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio. No total, são 15 mandados autorizados pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a quebra do sigilo de celulares apreendidos e o bloqueio de até R$ 54,6 milhões das contas dos investigados.

Segundo a PF, o núcleo investigado teria articulado o repasse de verbas públicas a alguns municípios no Ceará e, em troca, cerca de 12% dos valores era desviado para pagamentos ilegais. O grupo criminoso ainda é acusado de influenciar licitações por meio de empresas vinculadas. Os fatos apurados envolvem crimes como organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral.

Além de Júnior Mano, o inquérito cita outros parlamentares, incluindo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o deputado Yuri do Paredão (MDB-CE) e o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE). No entanto, nenhum dos três foi alvo da operação deflagrada por Mendes.

 
 
 

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