Sergio Moro critica discurso “do criminoso coitadinho” no Brasil
- Neriel Lopez
- há 15 horas
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O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou que o Brasil precisa abandonar o que chamou de “discurso do criminoso coitadinho”, segundo o qual infratores seriam vistos como vítimas da sociedade. Em entrevista ao UOL News, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública defendeu endurecer o combate às facções criminosas.
– Nós, infelizmente, ficamos muito tempo com um discurso, a meu ver, equivocado, do criminoso coitadinho, do criminoso vítima da sociedade, um certo romantismo em cima de figura de criminosos e, no fundo, isso é uma baita ilusão. Essas pessoas em áreas controladas pelo crime organizado, elas vivem num regime de terror e o Estado, sim, tem que reagir – disse.
Para Moro, é papel do Congresso e do governo aprimorar o arcabouço legal para fortalecer a resposta ao crime organizado, além de garantir ações concretas de segurança pública. Ao comentar o projeto de lei que propõe enquadrar facções como grupos terroristas, o senador elogiou a proposta.
– Pode ser uma medida positiva [enquadrar facções como terroristas], principalmente para a gente acabar com essa história de vez, do criminoso coitadinho, do traficante vítima de usuário – declarou, fazendo referência à polêmica frase proferida pelo presidente Lula (PT) recentemente.
Moro também citou como avanço a recente sanção de uma lei de sua autoria, que criminaliza o planejamento de atentados contra agentes da lei. Ele afirmou que a resposta ao crime precisa ser firme e realista, sem minimizar a gravidade do problema.
– Foi uma surpresa positiva, na semana passada, um projeto de lei da minha autoria, que acabou se tornando lei, sancionada pelo presidente, que, a meu ver, é um avanço, não no sentido apenas de aumentar a pena, mas no sentido de ter uma formatação jurídica, uma criminalização do planejamento de atentados pelo crime organizado contra agentes da lei, que era algo que há muito tempo nós precisávamos fazer – finalizou.














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