PCC usa rede de hotéis e motéis para lavar dinheiro, diz apuração
- Neriel Lopez
- 25 de set.
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Postos de combustíveis e uma rede de hotéis e motéis com unidades em diversas cidades do estado de São Paulo são usados para lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo investigação do Ministério Público e da Receita Federal. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, que teve acesso a documentos que ainda apontam que a facção opera com contadores próprios.
De acordo com o veículo, um dos investigados pelas autoridades possui procuração de mais de 200 empresas do ramo de posto de combustível junto à Receita Federal. Nesta quinta-feira (25), uma nova operação do MP foi realizada mirando o esquema do PCC em exploração de jogos de azar e comércio de combustíveis adulterados. Os agentes saíram às ruas para cumprir 25 mandados de busca e apreensão em 35 endereços.
De acordo com o MP, uma fintech, por meio da qual a organização criminosa movimenta milhões de reais, é a mesma utilizada pelos alvos da Operação Carbono Oculto, realizada em 28 de agosto.
– Quando foi desmontado um intrincado esquema colocado em prática por organizações criminosas investigadas de participação fraudulenta no setor de combustível, com infiltração de integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), lesando não apenas os consumidores que abastecem seus veículos, mas toda uma cadeia econômica – disse o órgão estadual.
Conforme o MP, as investigações começaram com a apreensão de máquinas de cartão em jogos ilegais em Santos, ligadas a postos de combustíveis. Análises financeiras mostraram que os valores eram enviados para uma fintech, usada para esconder a origem e destino ilegais do dinheiro.
– Com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas envolvidas na movimentação dos valores ilícitos – disse o MP.
Vínculos também foram descobertos entre a organização criminosa e empresas de hotelaria, postos de combustível e instituições de pagamento, que mantinham contabilidades paralelas para dificultar o rastreamento dos recursos financeiros, de acordo com a investigação.














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