“Não resta dúvida” sobre participação do PCC na morte de ex-delegado, afirma Derrite
- Neriel Lopez
- 18 de set.
- 2 min de leitura

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta quinta-feira (18) que “não resta dúvida” sobre a participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado em uma emboscada na Praia Grande (SP), na segunda-feira (15).
“Isso é um fato. A motivação é que ainda está em aberto”, declarou o secretário em entrevista.
Segundo Derrite, a motivação do crime ainda está sendo investigada, podendo estar relacionada tanto à atuação do ex-delegado como secretário municipal em Praia Grande quanto ao seu histórico de combate ao crime organizado.
Durante a coletiva, ele divulgou os nomes e fotos de dois suspeitos foragidos: Felipe Avelino da Silva, conhecido como Masquerano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos. A polícia identificou os suspeitos por meio de material genético encontrado em um dos veículos usados na ação criminosa, mas, segundo Derrite, “ainda é cedo para apontar qual o papel deles no crime”.
Nesta quinta-feira, uma mulher de 25 anos foi presa temporariamente por suspeita de ter transportado um dos fuzis usados na execução. Dahesly Oliveira Pires teria buscado o armamento na Baixada Santista e o levado para São Paulo, onde entregou o pacote a um homem. Ela tem passagem por tráfico, segundo a polícia.
A investigação está sendo conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Nos últimos dias, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo e região metropolitana, e familiares dos suspeitos já prestaram depoimentos.
Ruy Ferraz Fontes, que tinha 64 anos, foi delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e um dos pioneiros no combate ao PCC. Desde janeiro de 2023, comandava a Secretaria de Administração de Praia Grande.














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